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Prefeitura aldeense entrega obra do 1º Museu do Sal do Brasil

Ao lado da família Mattos e Silva, o prefeito Cláudio Chumbinho entrega obra do Museu Regional do Sal Manoel Maria Mattos

Foto: Ricardo Cox
O Museu Regional do Sal Manoel Maria Mattos fica às margens da RJ-140

Com o objetivo de cultuar e preservar a memória da indústria salineira, que faz parte da história da Região dos Lagos, a Prefeitura de São Pedro da Aldeia construiu o primeiro Museu do Sal do país às margens da RJ-140, no bairro Balneário. A obra, que foi executada com recursos federais e municipais, foi entregue nesta quarta-feira (30/12), pelo prefeito Cláudio Chumbinho.

Devido à pandemia do coronavírus, não houve solenidade aberta ao público. O ato reuniu apenas alguns integrantes da família Mattos, doadora da área e que dá nome ao museu, o secretário adjunto de Turismo, Luiz Carlos Rocha e a secretária de Urbanismo e Habitação, Liane Martins.

Foto: Ricardo Cox
Integrantes da família Mattos e Silva estiveram presentes na entrega da obra

O Museu Regional do Sal Manoel Maria Mattos vai mostrar aos visitantes imagens e objetos com as formas de produção dessa indústria e cultura, que teve seu auge nas décadas de 50 e 60. No salão de exposição, ficarão expostos objetos referentes às salinas, como rodos, moinhos, carrinhos e outros, além da estátua de um salineiro em tamanho natural.

O prefeito Cláudio Chumbinho contou que não pensou duas vezes ao conhecer o projeto do museu e imediatamente iniciou as tratativas para legalização da doação do imóvel da família Mattos e a busca de recursos para execução da obra.

“Estou feliz em conseguir realizar um sonho antigo de muitos aldeenses. Agradeço ao Jacyr Mattos e a todos que colaboraram para esse empreendimento. Acredito que vamos deixar um legado histórico e cultural para futuras gerações, inclusive, para muitos que não tiveram a oportunidade de conhecer uma salina” acredita.

Foto: Ricardo Cox
Prefeito Cláudio Chumbinho entregou a obra dia 30/12

O secretário adjunto de Turismo, Luiz Carlos Rocha, que acompanhou de perto a obra, informou que a pandemia do coronavírus alterou o cronograma, mas as equipes se dedicaram e trabalharam bastante para concluírem o projeto.

“Agradeço a todos que colaboraram, em especial ao artista Flávio Rangel. Ele e equipe cuidaram de todos os detalhes da exposição das peças, fizeram a belíssima maquete que reconstitui o funcionamento de uma salina e a estátua do salineira em tamanho natural”, pontuou o secretário.

Foto: Ricardo Cox
O artista Flávio Rangel assina escultura do salineiro em tamanho natural

Doação

O Museu foi construído em área doada pelo empresário Jacyr Mattos da Silva, herdeiro dos pioneiros da indústria salineira na região. Ele participou ativamente das etapas de organização do novo ponto turístico e cultural da cidade.

Foto: Ricardo Cox
Museu foi construído em área doada pela família Mattos e Silva

“Estou feliz e emocionado. Meu pai e meu avô certamente ficariam orgulhosos dessa minha decisão que é uma forma de agradecimento à sociedade que nos recebeu de braços abertos e nos adotou desde nossa chegada de Portugal, há mais de um século”, afirmou.

A história do sal

No século XVIII, existiam nove salinas na região. A primeira  a ser construída foi a Perynas, em Cabo Frio, que sobrevive até hoje. Mais tarde, a produção cresceu e havia cerca de 120 salinas em toda Região dos Lagos. No início dos anos 40, as salinas da Lagoa de Araruama estavam entre as maiores produtoras de sal do país.

Foto: Ricardo Cox
Uma maquete reconstitui como funcionava uma salina

De  acordo com o pesquisador e assessor especial da Secretaria Adjunta de Turismo, Geraldo Ferreira, a história do sal na região tem início no século XVII, quando os índios observaram que, em determinados pontos da Lagoa de Araruama, nas temporadas sem chuva, formavam-se montes de sal, o que gerou competição com a Coroa Portuguesa, que tinha seu próprio sal e proibiu a concorrência. No século XIX, a cultura do sal foi liberada e iniciou-se o processo de instalação de salinas, tecnologia do moinho e outras, que foi acelerado nos meados do século XX.

Foto: Ricardo Cox
O Museu terá exposição de objetos que eram utilizados na indústria salineira

” Chegamos a ter 70 salinas em São Pedro da Aldeia e cerca de 130 em toda região. Hoje, não temos mais nenhuma na cidade e apenas uma em funcionamento em Cabo Frio. Temos duas causas principais para isso: a concorrência com a indústria salineira do Rio Grande do Norte e a construção da Ponte Rio Niterói, que alavancou o mercado imobiliário na região, fazendo com que muitos salineiros preferissem desativar suas salinas e investir no mercado ascendente” explicou Geraldo.

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