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São Pedro da Aldeia sedia evento estadual sobre projeto de revitalização da cultura do coco

                O município de São Pedro da Aldeia sediou, nesta quinta-feira (21), o Dia Especial da Cultura do Coco Verde, com o objetivo de apresentar o projeto de revitalização da cultura e fortalecimento da cadeia produtiva do coco no Estado do Rio de Janeiro. O programa é uma iniciativa da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio de Janeiro (EMATER-Rio) e conta com o apoio da Prefeitura aldeense, por meio da Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Trabalho e Renda. A programação foi realizada na Fazenda Cadal, no bairro Itaí, e contou com café da manhã, palestras e visita à unidade envasadora de água de coco situada na propriedade. Participaram do evento representantes e técnicos das instituições envolvidas no projeto, entre elas a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro-RJ); Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RJ), Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (SEAPPA), Banco do Brasil, Subsecretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, além de empresários da agroindústria e produtores rurais do município, Região dos Lagos, Região Metropolitana, Baixada Litorânea e Norte Fluminense.



                Acompanhando a programação do dia, o secretário municipal de Agricultura, Abastecimento, Trabalho e Renda, Dimas Tadeu, deu boas-vindas aos participantes e destacou a posição de destaque do município aldeense como um dos pontos de comercialização e beneficiamento do coco na região. “Estamos muito orgulhosos em participar desse projeto, São Pedro da Aldeia tem se apresentado como uma referência na Região dos Lagos dentro do desenvolvimento sustentável e ecologicamente correto da cultura do coco. Nosso município conta com uma unidade inovadora de processamento e envasamento de água de coco, dentro desse novo contexto de comércio justo, economia solidária e princípios de gestão administrativa consciente, com equilíbrio ecológico e reaproveitamento de resíduos. Hoje nós estamos abrindo uma perspectiva para os produtores do nosso município, sejam eles de pequeno ou de médio porte. Com esse projeto, nós poderemos trabalhar com segurança no incentivo à recuperação e novas implantações de lavouras, uma vez que temos essa garantia de mercado. Estaremos à disposição para trabalhar junto aos parceiros e no apoio tanto à essa agroindústria como também no incentivo aos produtores, visando potencializar a produção e mostrar que essa cultura é viável”, disse.



                A programação teve início com um café da manhã e, logo após, os participantes seguiram para o ciclo de palestras do dia. Consultor do Sebrae-RJ, Haroldo Carneiro abordou o Panorama da Cultura do Coco no Rio de Janeiro dentro do programa de fomento à produção de água de coco, apresentando o histórico da produção e consumo da fruta desde 1980 e as perspectivas para 2020, objetivos e formas de apoio, por meio de uma integração interinstitucional entre os órgãos parceiros, com enfoque no desenvolvimento sustentável da cultura do coco.



Em seguida, o engenheiro agrônomo e especialista na cultura de coco da Emater-RJ, João Batista Pereira, deu início às explanações sobre o diagnóstico da cultura do coco no Estado, propostas de manejo e estratégias sustentáveis de estímulo à produção, com apresentação de gráficos e relatórios de pesquisa acerca da sazonalidade da cultura, preços pagos ao produtor, espaçamento de plantio, deficiência nutricional, análise de solo, irrigação, técnicas de compostagem, adubação verde, retorno da casca de coco, pragas e doenças do coqueiro, consorciação com outras culturas, aproveitamento de resíduos, produtividade média nos principais polos de produção do Estado, dentre outros temas. Todos os dados foram obtidos como parte do projeto conduzido pela Emater-RJ, após a coleta de informações em visitas a propriedades, entrevistas com centenas de produtores, reuniões e dias de campo. O levantamento de dados servirá como base para a tomada de decisões e fomento de políticas públicas para revitalizar a produção da fruta no território fluminense. O objetivo é integrar os elos da cadeia produtiva do coco, aproximando produtores da fruta e agroindústrias envasadoras de água de coco.



                Diretor Técnico da Emater-Rio, Ricardo Mansur enfatizou a proposta do projeto e a importância da parceria com a Prefeitura. “Esse é o nosso segundo encontro, que nós chamamos de Dia Especial. O que estamos fazendo é nivelar esse conhecimento e fazer com que essas informações cheguem aos produtores rurais. A parceria e o engajamento com a Prefeitura são fundamentais porque existe uma série de ações que necessitam dessa participação, seja na mobilização dos produtores, na melhoria das condições de escoamento da produção pelas estradas e, quem sabe no futuro, a inserção desse produto na merenda escolar. Aqui em São Pedro da Aldeia há um diferencial muito grande porque, das quatro agroindústrias existentes no Estado, uma delas está montada no município, além de ter um foco bastante sustentável. Essa integração é muito importante, precisamos que todos estejam envolvidos e com o mesmo espírito para que possamos revitalizar essa cadeia produtiva do coco, que vinha decaindo ao longo do tempo por falta de ferramentas de estímulo”, disse.



                 Na ocasião, o agrônomo do Setor de Agronegócio do Banco do Brasil, uma das instituições parceiras do grupo de trabalho, Luciano Lima, também ministrou uma palestra sobre as oportunidades e linhas de financiamento já existentes para o crédito rural, com foco nos produtores que desejam recuperar suas lavouras e fomentar a produtividade, por meio de operações de custeio e de investimento. Foram abordadas as estratégias de apoio à produção de coco verde por parte do banco, público-alvo, adequação de linhas de crédito, limite por beneficiário, encargos financeiros, classificações de custeio e crédito de investimento.



Encerrando o ciclo de palestras, o empresário do ramo da agroindústria e responsável pelo setor comercial da “Vero Coco”, situada em São Pedro da Aldeia, Luiz Eduardo Arroxellas, falou sobre o histórico e conceitos de sustentabilidade da empresa, inaugurada em 2017 na Fazenda Cadal. 



O empresário discorreu sobre os planejamentos de extensão do negócio, abrangendo a Baixada Litorânea, crescimento de mercado e propostas de integração com pequenos e médios produtores dentro do projeto de revitalização da cadeia produtiva do coco. “A implantação da indústria teve como objetivo ajudar o município a desenvolver novas atividades, além da atividade agrícola nessa região da cidade. Nós procuramos fazer negócio com parceiros locais para fortalecer esses pequenos e médios produtores e, para isso, precisamos adquirir cocos da região. A ideia desse projeto brilhante conduzido pela Emater é justamente incentivar os produtores locais, que hoje não estão produzindo, a revitalizar suas produções, para que eles possam se tornar fornecedores. Temos um espírito de capitalismo comunitário e consciente, que a gente acredita que vai ajudar a fomentar o ecossistema econômico de São Pedro da Aldeia”, salientou o empresário.



Encerrando a programação, os participantes realizaram uma visita guiada às instalações de processamento, depósito, extração, lavagem e engarrafamento de água de coco 100% natural, e à área de compostagem e reaproveitamento da casca de coco triturada. Atualmente, a área de coqueiral da empresa conta com seis hectares, com capacidade produtiva anual de cerca de 80 mil cocos-anões.



Também participaram do evento o secretário Municipal de Serviços Públicos, Jayme Gomes; o diretor municipal de Desenvolvimento Econômico, Paulo Jorge Santos; a diretora municipal de Apoio Empresarial e delegada da Jucerja, Ivonete Santos; o chefe do centro de pesquisa da Pesagro-Rio, Ronaldo Soares; o analista da Embrapa Agroindústria de Alimentos, André Dutra; o supervisor regional e a supervisora local da Emater-RJ, Paulo Cezar Soares e Marília Grasiela Oliveira; a assessora de agronegócio da Superintendência Estadual do Banco do Brasil, Célia Alves Ferreira; o representante da agência do Banco do Brasil de Cabo Frio, Júlio Alves; dentre outros representantes da SEAPPA, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e produtores rurais dos municípios de São Pedro da Aldeia, Araruama, Silva Jardim, Quissamã, Rio Bonito, Saquarema e Rio de Janeiro.


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