São Pedro da Aldeia possui rica diversidade de fauna e flora e a Secretaria de Meio Ambiente incentiva a conscientização ecológica. Uma das áreas ambientais de preservação do município é o Parque Natural Municipal da Mata Atlântica, que possui 13 mil hectares de extensão. Ele começa no bairro da Colina, no Morro do Frade, e se estende até Sapiatiba Mirim, em uma parte da Área de Proteção Ambiental (APA), sendo ligado por trechos durante o percurso. O local possui dois decks com vista cinematográfica, sendo um logo no início do percurso. O outro fica no topo da Trilha do Frade, com um presente a mais para quem percorreu todo o caminho: vista panorâmica de diversos bairros da cidade, incluindo a Lagoa de Araruama.
O parque funciona de segunda a domingo, com horários específicos durante o final de semana. De segunda a sexta-feira, o local fica aberto das 8h às 17h. Já aos sábados, vai até as 13h e aos domingos, até as 12h. Os visitantes contam com a presença de condutores e equipe para oferecerem orientações. A visitação é gratuita.
Para o secretário de Meio Ambiente e Pesca, Mario Flavio Moreira, a unidade é suma importância para a cidade. “O Parque é extremamente importante para o município de São Pedro da Aldeia, porque está em uma área antropizada e funciona como um pulmão para a região do bairro Colina. A área é de grande importância para a preservação do ecossistema de Mata Atlântica, com espécies endêmicas de arbóreas, fauna e microfauna. O município ainda pontua em ICMS com essa unidade de conservação. Nós estruturamos todo o Parque na gestão do prefeito Fábio do Pastel e conseguimos atrair os turistas, sinalizar uma trilha com dois mirantes, e construir banheiros para atender as visitantes e a equipe que trabalha no local”, destacou.
Trilha do Frade
Trilha do Frade possui 1.250 metros de percurso, com dificuldade moderada, e pode ser realizada em cerca de 1h30 com tranquilidade e apreciando o contato com a natureza. O pico da trilha atinge uma altitude de 193 metros no último deck. O trajeto é inteiramente sinalizado conforme o padrão da Rede Brasileira de Trilhas, onde está cadastrada. O Parque possui funcionários prontos a orientar os visitantes, que devem buscar um profissional antes de seguir pela trilha, contando com banheiros feminino e masculino, além de um ponto de hidratação.
Quem pode fazer a trilha
Apesar de ser um percurso considerado moderado, qualquer pessoa pode fazer a trilha, desde que esteja acompanhado por um profissional do Parque. Para chegar ao último deck, a orientação é que subam apenas crianças a partir de 10 anos acompanhadas pelos responsáveis.
De acordo com o gestor do Parque Natural Municipal da Mata Atlântica, o técnico de Meio Ambiente, Messias Valadares, é fundamental que os visitantes levem sua hidratação e um lanche leve, como uma fruta. Também é recomendado o uso de roupas confortáveis, mas que protejam do sol. Acessórios como chapéus e óculos são boas opções, assim como o uso e reaplicação de protetor solar e repelente de insetos.
Acessibilidade
No caso de idosos sem experiência com trilhas, a recomendação é ir até o primeiro deck, que já proporciona uma bela vista panorâmica da cidade e da Lagoa de Araruama. O acesso é seguro e conta com uma escada com corrimão. Já quem está acostumado com a prática de exercícios físicos constantes, pode ir até o final da trilha, sem restrições de idade.
Agendamento para visitas em grupo
Quem deseja reunir a família, os amigos, ou a turma da escola para fazer a trilha pode entrar em contato com a Secretaria de Meio Ambiente e Pesca para agendar a visita. O número de telefone (22) 99615-7755 está disponível para atendimento ao público de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h. É importante ressaltar que o número de Whatsapp recebe apenas mensagens de texto.
Como chegar
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente instalou várias placas de sinalização por todo o caminho, facilitando a chegada ao local. Seguindo pela Rodovia RJ-140, vire à direita na Rua Luiza Terra de Andrade e siga em frente passando pela Escola Municipal e pela Estratégia Saúde da Família do bairro Campo Redondo. Vire à direita na Rua Silva Jardim e logo em seguida à esquerda na Rua Levino Elias da Silveira; passando pela Escola Municipal Manoel Moraes da Silva, vá até o fim da rua. Vire à direita na Rua Central das Colinas e à esquerda na Rua da Paixão, mantenha à esquerda na Rua Duque de Caxias e suba à primeira direita, mantenha a direita, chegando ao destino. Em seguida, é só aproveitar a vista cênica dos deques e as belezas naturais durante a trilha.
Manejo é referência
A visita ao Parque Natural Municipal da Mata Atlântica de São Pedro da Aldeia pode ser realizada de forma segura e com guias para acompanharem os grupos pela trilha. Para chegar no primeiro deck, localizado logo no início do Parque, os visitantes já contam com uma escada com corrimão.
Embora seja bem perto da entrada, para chegar à estrutura é necessário passar por uma parte íngreme da montanha. Como o objetivo é preservar ao máximo a forma natural dos pontos, o manejo permite incorporar elementos de forma responsável e sustentável na natureza para facilitar a passagem do público.
Os degraus são feitos com madeira da própria mata local, que caiu naturalmente, e são inseridos no declive mais acentuado para proporcionarem um ponto de apoio e estabilidade para quem está subindo. De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, o manejo é referência nacional entre os segmentos de trilha. A estrutura segue em construção com orientação de profissionais como ambientalistas, biólogos, engenheiros florestais e técnicos em meio ambiente. A parte finalizada funciona já conforme a legislação ambiental.
Casa do Pau-Brasil
A sede do Parque Municipal é a Casa do Pau-Brasil, que existe desde 2005. Ela foi criada por voluntários, entre eles, o ambientalista Geremias Lima. Responsável por replantar mudas de pau-brasil e outras espécies nativas no morro do Frade, o voluntário tem longa história com o espaço.
Além de ambientalista, Geremias também faz esculturas utilizando, em sua maioria, o pau-brasil. Planta nativa da Mata Atlântica, a espécie foi ostensivamente utilizada como moeda de escambo pelo antigo Império Português, durante os anos de 1500 a 1530, ao chamar a atenção por sua intensa cor vermelha, considerada ideal para tingir tecidos.