O 1º Seminário Municipal de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher de São Pedro da Aldeia reuniu autoridades, profissionais e população para debater estratégias de proteção às mulheres e fortalecer a rede de atendimento no município. Realizado pela Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, o evento aconteceu na quarta-feira (20/08), na Câmara Municipal.
Representando o prefeito Fábio do Pastel, o assessor Edmilson Bittencourt falou ao público presente. “Gostaria de parabenizar, em nome do prefeito, à Secretaria de Assistência Social, que realiza um trabalho de conscientização para a nossa cidade, como esse seminário. Fico muito feliz em ver os vereadores aqui, preocupados com a causa. As mulheres sairão vitoriosas”, declarou.
A secretária adjunta de Assistência Social e Direitos Humanos, Denise Campos, destacou o ambiente de aprendizado e troca de experiência que o seminário criou. “Nós nos sentimos muito honradas em poder realizar esse seminário, porque quanto mais capacitação, melhor. Sediar esse primeiro seminário, para nós, tem um significado muito rico, porque é aprendizado e troca de experiência. Também é o momento de divulgarmos o Centro Especializado de Atendimento à Mulher São Pedro da Aldeia, que completou um ano em 2025. Queremos que a nossa população seja beneficiada com bom atendimento e com bons conhecimentos”, afirmou.
O evento contou com a apresentação de dois equipamentos destinados ao atendimento e acolhimento das mulheres vítimas de violência: o Centro de Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM Daiana Borges) e a Patrulha Maria da Penha da Guarda Civil Municipal. Na oportunidade, o GCM Mauro César explicou o trabalho diário da Patrulha e destacou os desafios enfrentados nos atendimentos. Vale ressaltar que a Patrulha Maria da Penha funciona 24 horas por dia e pode ser acionada pelo número (22) 99944-6157, que recebe ligações, mensagens de texto e de voz.
Representando o CEAM Daiana Borges, a pedagoga Daniele Coriolano e a psicóloga Alana Santos apresentaram o fluxograma de atendimento às mulheres em situação de violência. Em seu primeiro ano de funcionamento, o CEAM já realizou mais de 600 atendimentos. O equipamento integra a rede de proteção às mulheres no município, oferecendo acolhimento, segurança e suporte especializado.
Abrindo a programação de palestras do dia, a assistente social e especialista em estudo em violência de gênero, Ludmila Roque, falou sobre a importância da rede de apoio no enfrentamento à violência doméstica. “Todas e todos nós lutamos por um mundo melhor para nós mulheres e eu só acredito nisso se tiver homens de boa vontade. Fico muito honrada de participar desse primeiro seminário com a palestra. O que eu abordei é justamente o papel de cada equipamento, de cada organismo, de cada cidadão na luta pela não-violência contra a mulher, especificamente. O meu objetivo foi fazer com que todo mundo reflita ainda mais sobre o que o próprio município pode fazer para ajudar as mulheres aldeenses”, explicou.
Sob condução da advogada Raquel Farias Gervazone, a segunda palestra abordou o tema “Lei Maria da Penha: desafios na aplicação e caminhos para garantir proteção efetiva às mulheres”. A apresentação discutiu os diferentes tipos de violência e incentivou o público a refletir sobre situações de violência vivenciadas por pessoas próximas. “O objetivo foi mostrar, de maneira didática, como a vítima deve se defender e como elas podem buscar apoio nos órgãos de proteção das mulheres, no órgão judiciário, na própria Lei Maria da Penha, de proteção e também o apoio de familiares e amigos. É de suma importância esse apoio da Prefeitura, porque é um tema relevante para toda a sociedade. O objetivo é progredir para uma sociedade próspera e igualitária”, pontuou.
Atuando como assistente social no Comando da Força Aeronaval, a capitã-tenente (RM2-T) Moíra foi uma das participantes do seminário. “Esta iniciativa é de fundamental importância aqui para o município e para a articulação da rede. O seminário foi bem completo e, com certeza, agregou em conhecimento”, comentou.
Os vereadores Mislene Conceição e Moisés Batista e a diretora do Departamento de Direitos Humanos, Fernanda Costa, também participaram do seminário.