Técnicos e orientadores sociais que atuam no Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH) de São Pedro da Aldeia, receberão, nesta quarta-feira (5), assessoramento técnico sobre abordagem social. Em cumprimento às medidas de prevenção contra a Covid-19, a palestra será transmitida pela plataforma Google Meet, das 10h às 12h.
A assistente social e coordenadora de média complexidade da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Ana Paula Rosalino, será a palestrante do evento, que tem a intermediação do departamento de Gestão do Trabalho no Sistema Único de Assistência Social (SUAS), da SASDH.
De acordo com Ana Paula Rosalino, umas das atribuições do estado é assessorar tecnicamente os municípios no que se refere à política nacional de assistência social. “O serviço especializado em abordagem social atribui a equipe a tarefa de estabelecer uma aproximação com a população que está em situação de rua. A prioridade é que a gente consiga criar vínculos com esse público, o que é bastante difícil porque a maioria quer continuar nas ruas”, pontuou a coordenadora.
A técnica aponta também a importância da conscientização junto ao comércio e à comunidade ao redor de que a abordagem não é um trabalho instantâneo. “É um trabalho que é construído aos poucos e precisamos muito do apoio da população. O papel da assistência é construir vínculos e aos poucos conseguir fazer com que a pessoa se conscientize dessa situação, de que ela pode sair das ruas e que ela queira sair das ruas”, observou Ana Paula.
Ainda segundo Ana Paula, a atuação com a população em situação de rua não é uma atribuição exclusiva da assistência social e, com isso, a palestra abordará também a intersetorialidade entre os órgãos da administração pública e a importância da articulação no contexto da abordagem. “Muitas das pessoas que estão em situação de rua têm transtorno mental, então, a gente precisa muito da parceria com a saúde, do acompanhamento em conjunto com os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), por exemplo”, disse.
Outra parceria que a assistente social citou para atuar na abordagem social é com a segurança pública. “O agente, ao identificar uma pessoa nova em situação de rua, ele tem que ter a consciência de que irá remeter o atendimento ao Creas, à assistência social, e que nós é que teremos que fazer esse primeiro acompanhamento, essa primeira abordagem”, reforçou a palestrante.
O Serviço Especial em Abordagem Social (SEAS) visa assegurar uma proteção social proativa às pessoas em situação de rua, que busca identificar a incidência de indivíduos ou famílias que têm seus direitos violados e que utilizam espaços públicos como meio de moradia e/ou de sobrevivência. As ações são realizadas em fronteiras, praças, estradas e em locais com grande circulação de pessoas, como terminais de trem, ônibus e metrô. Quando identificada a violação, o serviço deve buscar a resolução do problema e o encaminhamento da pessoa/família à rede de serviços socioassistenciais e das demais políticas públicas.