Cerca de 30 alunos da Escola de Artes Municipal participaram de uma roda de conversa sobre dores emocionais. O evento, que aconteceu na sede da escola, foi uma realização do departamento de Psicologia da Cruz Vermelha filial São Pedro da Aldeia, com o apoio da Prefeitura, por meio da Secretaria Adjunta de Cultura. O encontro foi marcado por exibição de vídeo, momento de escuta, troca de vivências e “abraçoterapia”, além da discussão sobre temas, como depressão, suicídio e terapias alternativas de baixo custo.

A diretora da Escola de Artes, Samanta França, acompanhou a programação na unidade. “Foi uma troca muito bacana, os alunos interagiram bastante, fizeram perguntas e falaram sobre suas vivências. A roda de conversa também serviu como um laboratório para os alunos de Teatro, que estão se preparando para os espetáculos de final de ano. A gente está trabalhando com a temática da paz e vamos abordar um cenário pós conflito, tanto histórico, de guerra, quanto as dores contemporâneas do ser humano, e os nossos alunos vão precisar dessa bagagem”, destacou.

O encontro foi conduzido pela psicóloga Cecília Ferreira e pela terapeuta holística Carla Mesquita, voluntárias da Cruz Vermelha aldeense. As profissionais trouxeram temáticas como baixa autoestima, bullying no ambiente familiar, traumas, abandono, estresse e transtorno de ansiedade entre jovens e adolescentes. A roda de conversa contou, ainda, com a participação de pais e mães de alunos, além de membros da comunidade escolar.

A psicóloga Cecília Ferreira falou sobre o objetivo principal da atividade, que ainda vai percorrer outros espaços públicos do município. “A nossa proposta com as rodas de conversa é trabalhar estratégias para lidar com as dores emocionais. Falamos muito sobre os pensamentos disfuncionais e sobre como eles geram emoções, comportamentos e sintomas físicos que podem levar ao suicídio, a automutilação, adicção de álcool e outras drogas e um monte de outros problemas. O intuito é orientar e mostrar que existem outras possibilidades”, afirmou.

Aluno da oficina de Teatro, Luiz Felipe Souza, de 18 anos, elogiou a iniciativa. “Eu achei esse projeto muito bom e muito inclusivo. A alguns anos atrás eu passei por alguns momentos de dificuldade emocional na minha vida e ali eu pude colocar esses sentimentos e o que eu passei. Procuro sempre ajudar as pessoas que passam por isso e é muito bom ter profissionais por perto para dar um auxílio com dicas do que podemos fazer”, disse.

Na oportunidade, a terapeuta holística Carla Mesquita falou sobre algumas terapias integrativas e complementares que podem ajudar no processo de cura, como música, acupuntura, ioga e meditação. “Na área terapêutica, existem muitas técnicas hoje em dia. A gente falou muito do poder da meditação, do relaxamento, do cuidado com a parte física e de como métodos simples, como uma caminhada na praia, o contato com a natureza e ouvir uma música feliz, podem ajudar. A ideia foi plantar essa sementinha na cabeça das pessoas para que elas sejam multiplicadoras e mostrar que não basta só falar sobre o assunto, tem que agir”, ressaltou.

Também participaram da roda de conversa o presidente da Cruz Vermelha Brasileira da filial aldeense, Victor Marcelo Silva, e a voluntária Karina Samaniego. As próximas unidades a receber as palestras e rodas de conversa sobre dores emocionais serão Escola M. Francisco Paes de Carvalho Filho, nesta quinta-feira (17), das 14h às 16h; o Cine Estação, no dia 24 de outubro, das 16h às 16h, em parceria com o grupo “Amigas da Mama”; e o Horto Escola Artesanal, no dia 10 de novembro, das 14h às 16h.