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Dia do Gari: cuidar da limpeza é cuidar da saúde coletiva

Presentes no cotidiano de todo cidadão, os garis têm um papel fundamental na manutenção dos espaços públicos. Em São Pedro da Aldeia, as equipes de limpeza e da coleta de lixo domiciliar trabalham de domingo a domingo para manter a higiene e a conservação das ruas, orlas e praças. Neste dia 16 de maio, a Prefeitura homenageia esses profissionais essenciais que, em meio à uma jornada de trabalho árdua, diariamente se dedicam a cuidar da cidade e da saúde coletiva.

Foto: Renato Fulgoni

Sócio administrador da empreiteira A. S. Cartacho, que há mais de três anos é responsável por prestar o serviço de varrição, capina e manutenção de ruas, Alcimar Cartacho relembrou a rotina exaustiva dos profissionais. “Eles trabalham debaixo de sol, de chuva, em feriados, sábados e domingos, sem parar. É um serviço essencial que traz impactos diretos para a saúde pública, mas que muitas vezes não é valorizado pelos próprios moradores. Tem lugares onde a equipe acabou de varrer e, horas depois, já estão sujos novamente. Precisamos ter consciência e ajudar esses profissionais a manter a cidade limpa”, disse.

Garis realizam limpeza na Praça Agenor Santos
Foto: Renato Fulgoni

Em São Pedro da Aldeia, além da equipe de varrição, outra frente de trabalho fundamental para a conservação das ruas é o serviço de coleta de lixo domiciliar. Contando com 48 funcionários e oito caminhões compactadores, essa equipe atua diariamente em todos os bairros recolhendo os lixos das casas. Atualmente, cerca de 1.800 tonelada de lixo doméstico é coletada por mês na cidade e encaminhada para o Aterro Sanitário.

“Apesar de serem funções diferentes, essas equipes se complementam e são fundamentais para a limpeza da cidade. A conservação das ruas depende também de um trabalho conjunto entre o Poder Público e a população. É muito importante que os moradores façam o armazenamento e o descarte correto de seus lixos, de acordo com o cronograma da coleta”, ressaltou Arlindo Lírio, diretor da Secretaria Municipal de Serviços Públicos, responsável por coordenar o serviço de coleta de resíduos sólidos domiciliares.

Coletores de lixo atuam regularmente nos bairros da cidade
Foto: Divulgação SEPUB

Origem

O termo “gari” surgiu em homenagem ao empreiteiro francês Pedro Aleixo Gary, que se destacou no Brasil como o responsável pela fundação da primeira empresa de limpeza na cidade do Rio de Janeiro, em 1876. O francês costumava reunir funcionários para limpar as ruas após a passagem de cavalos, muito comum à época. Com o passar do tempo, o trabalho virou rotina na vida dos cariocas que, sempre que necessário, mandavam chamar a “turma do Gari”. Desde então, esses trabalhadores se tornaram indispensáveis na vida urbana.

Desafios

Em sua rotina, os garis precisam lidar com a exposição ao calor e outras variações meteorológicas. Apesar da dura jornada de trabalho, a aldeense Dara Santos, de 23 anos, conta que leva a profissão com alegria. “Trabalho na varrição há um ano e nove meses, acordo todos os dias às 4h da manhã para pegar às 6h no serviço. Tenho orgulho do meu trabalho, é um serviço digno como qualquer outro. Minha filha de sete anos fala para mim que, quando crescer, quer ser gari para me ajudar”, disse.

Dara Santos é gari há quase dois anos: “Tenho orgulho do meu trabalho”
Foto: Renato Fulgoni

Para ela, um dos grandes desafios da profissão ainda é o preconceito. “A maior dificuldade é o preconceito e o olhar de algumas pessoas. Já me pararam na rua e me criticaram pela minha idade e por trabalhar varrendo rua, como se ser gari fosse uma humilhação, mas nunca pensei assim, pelo contrário”, conta.

Foto: Renato Fulgoni

A falta de colaboração dos moradores é outro obstáculo relatado pela profissional. “Muitas pessoas acham que, porque estamos sempre nas ruas, elas podem jogar o lixo no chão e acham que é nossa obrigação tirar o lixo. Eles pensam ‘tem que sujar para vocês trabalharem, para ter serviço’. Eu acho esse pensamento muito injusto. Se cada um fizer a sua parte, não ia ter tanta sujeira. Eu peço a ajuda de todos para contribuir com a gente, mantendo a cidade limpa. Se não tem lixeira perto, guarda o lixo na bolsa para depois descartar”.

O descarte adequado de resíduos, como pontas de cigarro e papeis de bala, ajuda os profissionais que estão nas ruas
Foto: Renato Fulgoni

Serviço essencial

Assim como outras atividades ligadas à área de saúde, segurança e transporte, o serviço prestado pelos garis é considerado essencial e não pode parar durante a pandemia de coronavírus. Para lidar com a nova realidade, os profissionais do município já estão trabalhando com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como luvas e máscaras de proteção facial.

Foto: Renato Fulgoni

“Mesmo com todas as dificuldades nesse momento de crise que estamos passando, os nossos garis desempenham a função com todo o amor e carinho possível, sempre com alegria e sorriso no rosto”, comentou o encarregado direto pela equipe no município, Alexandre Conceição.

Lorena Ferreira, moradora do bairro Poço Fundo, chamou a atenção para a corresponsabilidade social. O mundo está passando por uma pandemia muito difícil e é nosso dever ajudar esses profissionais que não podem parar. Eles estão na comissão de frente, batalhando todo dia e merecem ser respeitados e valorizados. A rua é uma extensão da nossa casa e é nossa obrigação manter o mesmo cuidado, principalmente nesse momento onde limpeza e a higiene têm que vir em primeiro lugar”, destacou.

Foto: Renato Fulgoni

“É nosso dever ajudar esses profissionais que não podem parar”

Lorena Santos, moradora do bairro Poço Fundo

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