A vivência de uma das religiões herdadas do povo africano, está retratada em um documentário produzido por agentes culturais de São Pedro da Aldeia. O projeto audiovisual, intitulado “Adupé!” (‘Obrigado’, no idioma iorubá), aborda a cultura do candomblé e a prática das crenças afro-brasileiras no município. O documentário já está disponível para acesso gratuito no Youtube. Clique AQUI para acessar.
Com pouco mais de 10 minutos de duração, a produção enfatiza a preservação da ancestralidade e da herança cultural africana, sob a perspectiva do chefe espiritual e proponente do projeto, Marcelo Freire. Ele é administrador do espaço Casa de Ayrá – centro religioso em funcionamento desde junho de 2010, no bairro Balneário.
De acordo com Marcelo, a proposta foi documentar a vivência da cultura do candomblé pela comunidade local. “Nesse documentário, mostramos um pouco do nosso dia a dia, a maneira como nossos conhecimentos são passados de geração em geração e como se mantêm vivos, com nossa fé, danças, cantigas, roupas, culinária típica e a dedicação aos orixás”, disse o agente cultural.
“Adupé!” tem direção e roteiro assinados por Sandro Batista, edição de Weverton Carvalho e produção de Fuzuê! Produções. “O projeto também foi idealizado para ajudar a combater o preconceito religioso e a desconstruir o estereótipo negativo que ainda existe sobre a prática do candomblé e de outras religiões de matriz africana e seus adeptos”, reforçou o diretor.
Apoio às classes culturais
O trabalho de Marcelo Freire foi um dos 47 projetos beneficiados pela Lei Aldir Blanc na cidade, na categoria “Programa de Desenvolvimento do Patrimônio Material e Imaterial”, por meio do Edital Prêmio São Pedro da Aldeia Cultura Viva. Aberto em 2020 pela prefeitura, o Edital de Seleção de Propostas ofereceu premiações em dinheiro para artistas e agentes culturais de diversos segmentos e linguagens artísticas, que se inscreveram, cumpriram os requisitos e tiveram seus projetos aprovados.
A seleção teve como objetivo proporcionar a realização de atividades em formato on-line aos representantes da classe artística e cultural de São Pedro da Aldeia, que tiveram suas atividades diretamente impactadas pelas medidas de distanciamento social. “Na pandemia, tivemos que funcionar de maneira praticamente restrita. Cerca de 90% das nossas atividades tiveram que ser paralisadas, mas as contas não pararam de chegar, infelizmente. A ajuda da Lei Aldir Blanc foi muito importante, pois além do reconhecimento e da assistência, nos ajudou a minimizar o impacto da pandemia sobre a manutenção do espaço”, destacou Marcelo.
Para mais notícias e informações relacionadas aos projetos fomentados pela Lei Aldir Blanc em São Pedro da Aldeia, acesse a página oficial da Secretaria Adjunta de Cultura no Facebook, em facebook.com/culturapmspa.