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Educação celebra Dia Nacional da Consciência Negra em ação cultural

Ação contou com danças, workshop de turbantes e momentos de reflexão a respeito de preconceito racial

O resgate das raízes e o despertar da discriminação racial foram as pautas principais na ação promovida pela Coordenação de Educação Preventiva em alusão ao dia da consciência negra, celebrado no dia 20 de novembro. Reunidos no auditório da Secretaria de Educação, os profissionais da pasta puderam participar de uma roda de conversas e também aprender mais a respeito da cultura afro-brasileira.

Abrindo o momento, integrantes do grupo de capoeira Ventos do Kilombo, falaram da origem da arte que mistura dança, luta e a música. No Brasil Colônia, a capoeira era uma das formas em que os escravos, proibidos de qualquer prática além do trabalho, se protegessem das brutais violências praticadas pelos seus senhores. Houve também explicação dos instrumentos utilizados e cânticos que retratam a luta e resistência do povo negro nas antigas senzalas. Rogerinho da Capoeira, o Mestre Tempestade, contou como a capoeira foi difundida em todo o país.

““A capoeira, em primeiro momento, era um fenômeno rural, tendo em vista que foi criada dentro de senzalas. Os senhores de engenho, como tentativa de acabar com a capoeira, separavam os escravos. Mas a tentativa foi frustrada e, com isso, a capoeira se espalhou pelo Brasil, fortalecendo a cultura vinda do povo negro”, contou o mestre.

Após a apresentação do grupo, foi oferecido um workshop de turbantes, realizado por Alessandra Lelegra, que contou como o turbante é mais que um acessório, mas também um instrumento de empoderamento através da valorização do povo negro. “Até chegar o momento em que olhei no espelho e afirmei que era linda, passei por muitas lutas. Desde pequenos somos ensinados que a pele preta não tem o mesmo valor, que nosso cabelo não é bonito. Isso não é verdade. Através do turbante, podemos empoderar muitas mulheres que se escondem atrás do que parte da sociedade diz ser correto”, afirmou Alessandra

A manhã de reflexão também contou com a participação das representantes da AMANS (Associação de Mulheres Afrodescendentes Nair de Souza); da apresentação de dança com Fábio Rafael Santos e Daniel Óttor; das coordenadoras responsáveis pela Escola Municipal Quilombola Dona Rosa Geralda da Silveira, Juliana Pacheco e Silvia Rohem Goulart; e da bailarina Larissa Oliveira, que falou da conscientização e o preconceito racial na fase da infância.

“Quando ainda não morava aqui, passei por um episódio forte de racismo que só vim a entender anos depois, porque era apenas uma criança. Hoje entendo que, o que a menina falou para mim, é algo que foi ensinado a ela, porque algo tão forte não sairia da boca de uma criança sem que fosse ensinado. Por isso, peço a vocês que ensinem as crianças sobre o que é preconceito, sobre não discriminar um amigo apenas pela cor”, disse.

A auxiliar de coordenação e idealizadora do projeto, Kelly Miranda, aproveitou o encerramento para externar a satisfação em trazer a reflexão dentro da secretaria. “Hoje estamos aqui para falar de um dia que representa todos os dias do ano. Não somente hoje devemos lembrar o quanto o preconceito pode vir a podar a realidade de muitas crianças. Hoje falo como profissional e como ser humano sobre a satisfação em saber que plantamos uma semente para que possa ser passada a frente”, comemorou Kelly.

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