Os aldeenses e admiradores das artes plásticas têm até a próxima segunda-feira (31) para conferir de perto a exposição “Relembrar É Viver”, na Casa de Cultura Gabriel Joaquim dos Santos. A mostra, promovida pela Secretaria Adjunta de Cultura, apresenta ao público uma seleção de fotografias, esculturas, maquetes e pinturas que contam a história de São Pedro da Aldeia. Recentemente, a cidade completou 404 anos de fundação. Respeitando as medidas de prevenção contra a Covid-19, a visitação gratuita tem limitação da entrada de pessoas, mediante uso obrigatório de máscara de proteção facial.
De acordo com o secretário adjunto de Cultura, Thiago Marques, a exposição, em cartaz há pouco mais de um mês na Casa da Cultura, tem como proposta resgatar a memória do município através da arte. “A exposição nos convida a conhecer o passado e a admirar os contornos e entornos da nossa cidade. Foi uma forma de trazer lembranças de lugares que ficaram apenas na nossa memória ou em fotografias e que se transformaram em importantes pontos históricos e turísticos”, disse.
Resgate histórico
Para a montagem da exposição, foram selecionadas obras de artistas locais, do acervo da Secretaria de Cultura e do acervo pessoal cedido pelo historiador e pesquisador aldeense Geraldo Ferreira. A mostra conta, ao todo, com uma escultura, três maquetes, 15 fotografias e 22 pinturas que retratam paisagens, monumentos, símbolos e momentos que marcaram a história de São Pedro da Aldeia.
Estão representados a Casa dos Azulejos, construída em 1847; o obelisco e os antigos casarões do Centro; a Avenida São Pedro e a Praça Dr. Plínio de Assis Tavares na década de 30; a Praça do Canhão em 1937; o Cine São Pedro em 1951; a figueira centenária no Boqueirão; a estação de São Pedro na década de 70; o coreto e a Praça Agenor Santos em 1945; a antiga ponte sobre o canal Mossoró, na década de 70; os indígenas, a pesca e a figura do pescador; e a pintura do célebre Gabriel Joaquim dos Santos, patrono da Casa da Cultura e criador de um dos maiores legados artísticos da cidade: a Casa da Flor.
A maior parte das pinturas, como a de Gabriel Joaquim, é assinada pelo artista plástico aldeense Flávio Rangel, que há mais de 30 anos contribui com o movimento artístico e cultural de São Pedro da Aldeia, inclusive como um dos colaboradores mais antigos da Secretaria de Cultura. “Sempre tive vontade de retratar São Pedro da Aldeia e para mim é uma satisfação imensa ter meus quadros expostos. As pinturas são inspiradas em fotografias antigas, que estão em preto e branco, e a minha ideia foi dar vida e cor à essas imagens”, destacou.
Viagem ao passado
Ronaldo Soares foi um dos visitantes da exposição. Nascido e criado em São Pedro da Aldeia, o militar reformado se emocionou ao lembrar de sua infância em terras aldeenses. “Sou muito saudosista. Saí de São Pedro da Aldeia no dia 13 de dezembro de 1952, aos 13 anos de idade, éramos eu e mais cinco irmãos, mas nunca esqueci de minhas raízes. Sou aldeense de coração e fico emocionado ao ver esses retratos, o chão que eu pisei e os lugares que frequentei. Eu me vejo nos quadros, passa um filme na cabeça”, disse o morador, que há quase 40 anos mora bairro Porto da Aldeia.
A exposição também apresenta uma escultura da figura do Salineiro, assinada por Rangel, e a representação, em maquete, da Casa da Flor, da Igreja Matriz e da casa pertencente ao conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico do sítio histórico de São Pedro da Aldeia, esta última pertencente ao acervo pessoal de Geraldo Ferreira. O historiador também é autor do livro “São Pedro da Aldeia: 400 anos”, cujos exemplares foram colocados à disposição para aquisição gratuita pelos visitantes. O artista plástico Dawson Nascimento Silva, de Rio Bonito, também assina um dos quadros.
Visitação
Seguindo os protocolos de prevenção à Covid-19, a visitação é permitida com grupos de até cinco pessoas, incluindo adultos e crianças com máscaras e mantendo o distanciamento social. A exposição pode ser conferida até esta segunda-feira (31), das 9h às 17h. A Casa de Cultura está localizada na Avenida Francisco Pereira, n° 255, próximo à Biblioteca Municipal, no Centro da cidade.
Clique AQUI para conferir na íntegra a live de abertura da exposição.