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Exposição na Casa da Cultura celebra beleza e força de mulheres com câncer de mama

Mostra alusiva ao “Outubro Rosa” ficará em cartaz até 24 de outubro

Está aberta, na Casa da Cultura Gabriel Joaquim dos Santos, a exposição “Moça Bonita: Celebrando a vida em meio ao câncer”. A mostra, alusiva à campanha mundial “Outubro Rosa”, ficará em cartaz até esta quinta-feira (24/10) reunindo mais de 30 fotografias e poemas, que retratam a beleza e a força de mulheres diagnosticadas com câncer de mama. A iniciativa é uma realização do projeto social “Moça Bonita – Semeando Vidas” em parceria com a Prefeitura de São Pedro da Aldeia, por meio da Secretaria de Cultura. A visitação é gratuita, das 9h às 17h.

Curadora da exposição, a diretora municipal de Cultura, Giselle Lima, participou da noite de abertura, representando o secretário da pasta, Thiago Marques. “Ficamos muito honrados em receber esse projeto tão lindo e cheio de amor, que é o ‘Moça Bonita’. Quando surgiu a proposta da exposição, nós pensamos em criar um cenário que expressasse a sensibilidade, que é tão necessária para lidar com o diagnóstico. Utilizamos cortinas com transparência para mostrar que, apesar da doença e da situação nebulosa, é possível ver além, é possível ver vida. E a presença das ‘moças bonitas’ nessa exposição é a prova viva disso”, destacou.

Diretora municipal de Cultura, Giselle Lima, assina a curadoria da exposição
Foto: Raíra Morena/Divulgação SEMUC PMSPA


A mostra reúne mais de 30 fotografias de mulheres em diferentes fases do tratamento oncológico. As telas são acompanhadas por poemas escritos por membros da Academia de Letras e Artes de Cabo Frio (ALACAF), que visam inspirar e sensibilizar o público sobre a doença. Os textos convidam os espectadores à reflexão, abordando narrativas de beleza, luta, empoderamento, esperança, superação e resiliência.


A presidente do grupo, Elizângela Gomes, enalteceu a iniciativa. “Ficamos muito gratas por ver a graça e delicadeza com que a Secretaria de Cultura abriu as portas para nós, pacientes oncológicas, para as ‘moças bonitas’ assistidas aqui. Essa exposição vai muito além do que apenas telas e poemas, são retratos da nossa vida e do momento que estamos passando, um processo de quimioterapia, de radioterapia, de mastectomia e de descobrir uma enfermidade que pode nos levar à morte. É muito importante para nós termos esse espaço no Centro da cidade, principalmente para mostrar que há vida depois do câncer. A gente agradece à Prefeitura por dar visibilidade a esse trabalho. Ter esse apoio e esse espaço é fundamental”, disse


A exposição também apresenta uma amostra do trabalho voluntário desenvolvido há sete anos junto a pacientes oncológicas de toda a Região dos Lagos. Além de atuar como rede de apoio, o projeto promove eventos e ações voltados à prevenção e diagnóstico precoce, oferta de atendimentos psicológicos, nutricionais e jurídicos, confecção de perucas com cabelos naturais, distribuição de lenços e a comercialização de produtos personalizados para a arrecadação de fundos. O contato com o projeto pode ser feito por meio do número (22) 99248-3176.

A maior parte das fotografias expostas são assinadas por Nivanda Ferreira. Atuante há 18 anos, a fotógrafa conta que buscou eternizar momentos de mulheres que ressignificaram a sua dor. “Fizemos cinco ensaios fotográficos com grupos de dez mulheres e foi uma experiência maravilhosa. Minha intenção foi retratar a força, a garra e a alegria que elas têm, que nos contagia. É um prazer contribuir com esse projeto”, disse Nivanda, moradora do bairro Rua do Fogo.

A maior parte das fotografias expostas são assinadas pela fotógrafa Nivanda Ferreira
Foto: Raíra Morena/Divulgação SEMUC PMSPA

Do bairro Parque Estoril, a técnica em enfermagem Cirení Borges foi uma das mulheres que posaram para o ensaio fotográfico. “É a primeira vez que participo de uma exposição do projeto e fico muito emocionada. Descobri o câncer em 2020, passei por oito sessões de quimioterapia, 25 de radioterapia e mastectomia total. Hoje estou em remissão, vencendo essa luta a cada dia e, com o ‘Moça Bonita’, a gente leva informação para que outras pessoas não venham a passar tudo o que nós passamos. Falar sobre o câncer de mama é sempre importante, porque infelizmente é o tipo de câncer que mais mata mulheres. Nós precisamos conscientizar as pessoas sobre a importância do autoexame e a detecção precoce”, destacou a moradora, integrante do grupo desde 2021.

Cirení Borges foi uma das mulheres que posaram para o ensaio fotográfico
Foto: Raíra Morena/Divulgação SEMUC PMSPA

Moradora do bairro São João há 19 anos, a dona de casa Maurize Santos também protagoniza a mostra fotográfica. “Conheci o ‘Moça Bonita’ na minha fase mais difícil, quando o meu cabelo começou a cair por conta do tratamento. Fiz a mastectomia, mas a queda de cabelo foi o que mais me afetou e, através do projeto, consegui uma peruca de cabelo cacheado do jeito que eu buscava. Desde então, participo do projeto e não abro mão de jeito nenhum. Hoje sou outra mulher, conhecer as ‘moças bonitas’ me deu forças para lutar e quero contar minha história para incentivar outras mulheres a se tocarem, se cuidarem e mostrar também que o câncer não é um sinal de morte; ele tem cura”, disse.

A Casa da Cultura Gabriel Joaquim dos Santos fica localizada na Avenida Francisco Coelho Pereira, nº 255, no Centro de São Pedro da Aldeia.

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