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Proteção e combate ao ciclo de violência contra a mulher. Estas são as premissas da Patrulha Maria da Penha da Guarda Civil Municipal de São Pe,dro da Aldeia. O grupamento celebra dois anos de criação neste mês de novembro e comemora a data com um evento gratuito e aberto à população. O encontro será nesta quarta-feira (27/11), a partir das 13h, na Câmara Municipal.
A coordenadora da Patrulha Maria da Penha, Rosana Andrade, falou sobre o sentimento de completar mais um ano à frente do grupamento e sobre o trabalho realizado. “É com grande emoção que comemoramos os dois anos da Patrulha Maria da Penha no município de São Pedro da Aldeia. Hoje, as mulheres vítimas de violência têm o suporte necessário. Celebramos os serviços efetuados com um misto de sentimentos de alegria por ajudar e salvar vidas e tristeza porque a violência contra mulher ainda é um mal existente”, declarou.
Estatísticas
O dia a dia da Patrulha é intenso, com rondas de monitoramento de medidas protetivas, recebimento de denúncias e pedidos de orientação 24 horas por dia. No segundo ano da Patrulha, já é possível fazer o comparativo para compreender e prevenir os casos de violência no município.O Centro segue um dos bairros com maior índice de atendimentos nos últimos dois anos. Em 2024, outro bairro com números avançados é Campo Redondo; enquanto em 2023, era Botafogo. Neste ano, o dia da semana de maior incidência foi a quarta-feira e, no ano passado, era a segunda-feira. As mulheres começaram a denunciar os casos de violência mais cedo. A faixa etária das vítimas em 2024 é de 25 a 45 anos, contra 32 a 45 anos em 2023. No ano de 2023, foram realizadas 18 prisões, já neste ano, foram 15, sendo majoritariamente por descumprimento de medidas protetivas.
Para Rosana Andrade, a mudança reflete o empenho e compromisso do grupamento. “Seguimos realizando as ações de conscientização em diversas frentes do município. Estamos presentes nas escolas, nas unidades de saúde, equipamentos da Assistência Social e nos pontos de maior movimento da cidade, como a Feira Municipal”, destacou.
Quanto ao perfil sociodemográfico, as mudanças aconteceram no parentesco com o agressor, que em 2023 era o companheiro e, em 2024, o ex-companheiro. As vítimas seguem sendo, em sua maioria, solteiras, pardas, com Ensino Médio completo, do lar e moram com os filhos em moradia alugada. O meio de acionamento também se manteve, predominantemente, o WhatsApp, com 87% em 2023 e 91,7% em 2024. No ano de 2023, foram predominantes os casos de violência física, enquanto, em 2024, foram de violência psicológica. O acompanhamento de medidas protetivas passou de 35 em 2023 para 263, com 130 ainda ativas, em 2024. Os atendimentos duplicaram, incluindo acompanhamentos e monitoramentos contínuos. Em 2023, foram mais de 1.000 atendimentos, enquanto em 2024, foram 2.179, sendo 783 emergenciais.
Disque Patrulha Maria da Penha
As denúncias podem ser feitas por meio do número 180 ou pelo telefone da Patrulha, no número (22) 99944-6157, que recebe tanto ligações quanto mensagens de texto e de voz.