Acolhimento, atendimento humanizado e proteção é o que a Patrulha Maria Penha oferece às mulheres de São Pedro da Aldeia. O grupamento da Guarda Civil Municipal completa um ano de atendimentos prestados no município com mais de 1.000 ocorrências realizadas. Do total, 51% foram denúncias de violência física e 40,8% de violência psicológica. Até o momento, já foram efetuadas 14 prisões em flagrante após os atendimentos. As denúncias podem ser feitas por meio do número 180 ou pelo telefone da Patrulha (22) 99944-6157 que recebe tanto ligações quanto mensagens de texto e de voz.
Em celebração ao marco de um ano de funcionamento, toda a população está convidada a participar do evento comemorativo nesta quinta-feira (30/11), das 13h às 18h, no auditório da Secretaria de Educação. O encontro irá contar com a presença de autoridades e palestras sobre o combate da violência contra a mulher.
Os números por trás das ocorrências
A Patrulha iniciou o acompanhamento de medidas protetivas em outubro deste ano e 25 ações já estão sob os cuidados do grupamento aldeense. Todas as assistidas contam com monitoramento frequente. Ao todo, já foram realizadas mais de 50 visitas de monitoramentos. O investimento em qualificação também é uma preocupação do grupamento que passou por cerca de 20 cursos de capacitação contínua. O envolvimento com a comunidade se mostra com as mais de 30 palestras de conscientização em escolas, empresas e nos CRAS.
Segundo dados da Secretaria de Segurança e Ordem Pública, o dia da semana com mais ocorrências é a terça-feira, somando 40,5% das solicitações; seguida pela quarta-feira, com 21,4% das demandas. O principal momento do dia em que as denúncias são feitas é à noite e 85,7% chegam via mensagem de WhatsApp. Além de denúncias, o telefone também oferece orientações às vítimas e para as pessoas que conhecem alguém em situação de risco. Ao todo, 62,5% dos contatos tornaram-se assistidos pela Patrulha Maria da Penha de São Pedro da Aldeia. O grupamento faz o acompanhamento de cada caso durante todo o processo, inclusive pós-denúncia.
A idade média das vítimas é 40 anos, 28% se autodeclararam pardas e 25% possuem Ensino Médio completo, sendo que 25,5% trabalham exclusivamente no lar. De acordo com os registros da Patrulha Maria da Penha aldeense, 69,4% das declarantes têm filhos com o agressor e 35,4% das ocorrências são de ex-relacionamentos. Em 55,6% dos casos, a vítima se afastou do lar.
Em 48,2% dos casos, a violência é recorrente e a vítima já foi agredida anteriormente. Mais de 50% dos supostos agressores possuem passagem criminal e 91,7% fazem uso de álcool, 66,7% de maconha e 54,2% de cocaína.
Conheça a Patrulha Maria da Penha aldeense
O grupamento é composto por sete agentes da Guarda Civil Municipal que atuam divididos sempre por duplas, formadas por uma mulher e um homem, a cada plantão de 24h. Todos os agentes são voluntários. A equipe é composta pelos GCMs Andrade, Mauro, Ruan, Sebastiana, De Oliveira, Carla e Bruno. Uma viatura com identificação visual personalizada está destinada para uso exclusivo da Patrulha Maria da Penha. É importante ressaltar que o agressor não será conduzido dentro da viatura.
O trabalho realizado pela Patrulha é feito em conjunto com o grupamento de Pronta Resposta e Operacional da Guarda Civil Municipal e com as Secretarias de Assistência Social e Direitos Humanos e de Saúde. A Patrulha conta também com o apoio da Polícia Civil, por meio da 125ª DP, e da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, por meio da 2ª Cia do 25⁰ Batalhão.