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Pescado da Lagoa de Araruama está próprio para consumo

Análises de pesquisa para o IG da Tainha, feitas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), não apontam contaminação nos peixes da laguna

Em reunião sobre o projeto de Identificação Geográfica (IG) da Tainha, a pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e coordenadora do projeto pela instituição, Fabíola Fogaça, esclareceu a qualidade do pescado da Lagoa de Araruama. De acordo com a especialista, foram feitas diversas análises nutricionais e microbiológicas que não apontaram qualquer irregularidade para o consumo. A reunião do projeto aconteceu nesta quarta-feira (26/03), na Associação de Pesca da Praia da Pitória, em São Pedro da Aldeia. O projeto para conquistar o selo de reconhecimento de IG da Tainha é realizado desde 2023 e avança para as etapas finais.

O secretário adjunto de Pesca do município aldeense, Breno dos Santos, acompanha o projeto de perto desde o início e falou sobre a questão do pescado. “Estamos abraçando essa causa desde o início, junto com as associações, e achamos muito importante dar voz e visibilidade aos pescadores. Quanto à questão do consumo do pescado, foi uma injustiça com os pescadores, em que veículos de comunicação tiveram acesso ao laudo que não aponta qualquer contaminação e deturparam, mudaram as imagens e fizeram essa grande fake news que afeta negativamente todo município, mas principalmente quem trabalha e depende da pesca como principal renda. É imprescindível esclarecermos essa questão e estamos muito contentes com o apoio da Fabíola Fogaça, da Embrapa, que prontamente desmentiu qualquer rumor. Vamos seguir com ações em prol da nossa Laguna e avançando sempre com o projeto do IG da Tainha”, afirmou.

Foto: Renan Freitas/PMSPA

A pesquisadora do Embrapa, Fabíola Fogaça, destacou a qualidade encontrada ao longo de quase dois anos de estudo. “Estou junto aos pescadores para esclarecer que a Embrapa possui um projeto que busca conquistar a Identificação Geográfica (IG) da Tainha da Lagoa de Araruama. Nós fazemos análise da composição nutricional e da composição microbiológica e o pescado da lagoa não está contaminado. Ele está apto para consumo e o nosso relatório de pesquisa atesta isso”, pontuou.

É importante ressaltar que a Embrapa não emite relatórios de inadequação de alimentos para o consumo, conforme divulgado por veículos de comunicação nos últimos dias. Qualquer matéria relacionada a essa informação é uma fake news.

Foto: Renan Freitas/PMSPA

Quanto ao projeto do IG da Tainha, Fabíola Fogaça relatou o andamento da iniciativa. “Estamos na fase final do projeto, terminando a análise dos resultados da pesquisa. Já podemos afirmar que a tainha da Lagoa de Araruama tem um percentual diferenciado de nutrientes que a diferenciam dos demais locais do país. Vimos que o local onde ela habita e os tipos de pesca utilizados fazem diferença. Estamos na parte de elaboração de relatórios e organização de um Comitê Gestor, que será composto, principalmente, pelos pescadores e suas lideranças para os ajustes e escolhas finais”, comentou.

Também estiveram presentes no encontro desta quarta-feira (26/03), a secretária executiva do Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ), Adriana Saad, e o secretário executivo do Comitê de Bacias Hidrográficas Lagos São João (CBHLSJ), Leandro Coutinho. O coordenador da Câmara Técnica de Pesca do CBHLSJ e presidente da Associação de Pesca da Praia da Pitória, Chico Pescador, também participou da reunião.

Saiba mais sobre o IG da Tainha

Pescado com garantia de qualidade e procedência. Assim serão conhecidas as tainhas pescadas na Lagoa de Araruama caso a região consiga o selo de Identificação Geográfica (IG) do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O primeiro passo foi dado em 2023 com prazo de dois anos. O primeiro encontro foi sediado na Associação de Pesca da Praia da Pitória, em São Pedro da Aldeia, com base no edital lançado pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). A Prefeitura aldeense apoia o projeto por meio das Secretarias de Meio Ambiente e Pesca e de Agricultura, Abastecimento e Trabalho.

Além da indicação de procedência e origem, o IG é uma comprovação de qualidade do produto que beneficia tanto o pescador quanto o consumidor. O secretário de Meio Ambiente e Pesca, Mario Flavio Moreira, destaca o papel institucional da gestão municipal. “A Prefeitura vem apoiando as ações na Associação da Praia da Pitória desde o começo, sempre à disposição firmando parcerias, como a doação da fábrica de gelo pelo Ministério da Agricultura e do caminhão isotérmico, que está para chegar para fazer o transporte do pescado, além de realizar o monitoramento da água da lagoa junto ao Inea e a própria participação no Comitê de Bacias Lagos São João. Tudo isso faz parte de um processo importante para que iniciativas como esta tenham melhor estrutura para se desenvolverem”, afirmou o secretário aldeense.

Confira mais informações sobre o projeto em: https://pmspa.rj.gov.br/reuniao-em-sao-pedro-da-aldeia-da-inicio-a-projeto-de-identificacao-geografica-da-tainha/.

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