Os admiradores da cultura caiçara e das belezas naturais da Região dos Lagos têm um convite especial para este mês de dezembro. Com apoio da Secretaria Municipal de Cultura de São Pedro da Aldeia, o pescador artesanal Anderson de Oliveira Alves promove o projeto “Turismo de Base Comunitária: Passeios de Barco pela Laguna de Araruama”. A atividade foi contemplada pelo Edital de Chamamento Público nº 01/2025, com recursos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB – Lei nº 14.399/2022). A proposta prevê três passeios gratuitos, conduzidos pelos próprios pescadores locais, com saída do bairro da Baleia. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas entre 08 e 14 de dezembro, em https://abre.ai/ob5y.
Idealizada como uma forma sustentável de aproximação entre visitantes e a cultura tradicional da laguna, a iniciativa nasce da necessidade de diversificar as atividades econômicas das comunidades pesqueiras, Nesse contexto, o turismo de base comunitária surge como alternativa consciente, fortalecendo saberes tradicionais, gerando renda e promovendo educação ambiental.
Segundo o proponente, Anderson de Oliveira Alves, o objetivo é oferecer uma experiência genuína e transformadora. “Queremos que moradores e visitantes conheçam de perto a cultura caiçara e entendam a importância da Laguna de Araruama para o nosso modo de vida. Os passeios foram pensados para valorizar o conhecimento dos pescadores, estimular o turismo sustentável e promover uma relação de respeito com o nosso território”, destacou.
Durante os passeios, os participantes terão a oportunidade de vivenciar o cotidiano dos pescadores artesanais, aprender sobre técnicas tradicionais, conhecer pontos históricos e ambientais da laguna e compreender sua relevância ecológica. Considerada um dos maiores corpos de água hipersalina do mundo, a Laguna de Araruama possui aproximadamente 220 km², com cerca de 630 milhões de metros cúbicos de água, sendo responsável direta pelo sustento de centenas de famílias da região.
O projeto também busca despertar a consciência ambiental, abordando temas como preservação da biodiversidade, impactos da degradação humana e a importância do cuidado contínuo com esse ecossistema tão singular. Além disso, contribui para a inclusão social de pescadores e familiares, fortalecendo uma atividade econômica alternativa, de baixo impacto e alinhada às diretrizes do turismo comunitário no Brasil.
Voltado para turistas interessados em vivências autênticas, moradores da Região dos Lagos e grupos educativos focados em sustentabilidade e tradições locais, o projeto pretende se consolidar como um exemplo de turismo responsável e de valorização da identidade cultural caiçara.
