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Secretaria de Fazenda apresenta plano de ações da Diligência de Fiscalização Unificada a empreendedores

A DFU faz parte da Sala do Empreendedor e busca o trabalho conjunto entre o poder público e empresários
Encontro reuniu empresários de diversos ramos do município em uma iniciativa orientadora sobre fiscalização como uma ponte com o governo municipal | Fotos: Divulgação ACIASPA/Thaianna Mello
Encontro reuniu empresários de diversos ramos do município em uma iniciativa orientadora sobre fiscalização como uma ponte com o governo municipal | Fotos: Divulgação ACIASPA/Thaianna Mello

A Secretaria Municipal de Fazenda apresentou, nesta quinta-feira (13), o plano de ações do programa de orientação das normas fiscalizatórias da Diligência de Fiscalização Unificada (DFU), por meio da Sala do Empreendedor, em São Pedro da Aldeia. A fiscalização orientativa e de cooperação com os empresários foi abordada durante um encontro com empresários realizado na sede da Associação Comercial, Turística, Industrial, e Agrícola (ACIASPA/CDL) do município. Os participantes também integraram uma roda de conversa com três casos de empreendedores de sucesso aldeenses. 

O tema do encontro foi a fiscalização orientativa e de cooperação com os empresários, em que a gestão do prefeito Fábio do Pastel reforça a transparência e o trabalho conjunto com os empreendedores para o desenvolvimento do município. 

O secretário de Fazenda, Renaldo Martins, destacou que a prefeitura está atenta às demandas dos empresários, inclusive com a criação da DFU. “A Diligência é uma junção de diversos órgãos fiscalizadores do município e foi criada para desburocratizar todo o processo fiscalizatório e aproximar o poder público dos empresários. O objetivo é orientar antes de fiscalizar. Além de estarmos analisando possíveis adequações à Lei Geral. Gostaria de aproveitar o momento para lembrar que o município de São Pedro da Aldeia conquistou o segundo lugar na Baixada Litorânea em arrecadação do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) para o Estado. Este é mais um reflexo das boas práticas comerciais e do trabalho municipal em nossa cidade”, apontou.

Responsável pelas ações de planejamento da Diligência de Fiscalização Unificada (DFU) da Sala do Empreendedor Municipal, Ronny Cardoso apresentou o plano que inclui três ações pontuais, sendo a primeira a disponibilização de profissionais do poder público para palestras de orientação aos empresários sobre as demandas apresentadas pela categoria. O primeiro encontro foi realizado nesta quinta-feira (13) e será seguido por novas reuniões sempre que necessário. O município criou uma cartilha que explica todo o processo fiscalizatório de forma clara e objetiva. Pensando na sustentabilidade e em facilitar o acesso dos empreendedores, o documento estará disponível em breve de forma digital online.

A presidente da ACIASPA/CDL, Léia Machado, ressaltou que a relação com a secretaria de Fazenda tem sido muito importante para o desenvolvimento de um ambiente de negócios sustentável e unido no município, e que englobe, especialmente, os pequenos empresários.

O evento foi aberto a perguntas, e um dos esclarecimentos foi a respeito da utilização de placas em frente aos comércios e como funciona a fiscalização. Confira o que diz o Código Municipal de Postura e como se adequar. (Clique aqui para acessar o documento e as atualizações).

O presidente da Condetur de Macaé e diretor de patrimônio da Associação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM), Marco Navega, esteve presente e destacou que a iniciativa do encontro é inovadora. “Poucos municípios estão fazendo isso, a Prefeitura merece nosso elogio. Estão pegando diferentes órgãos de fiscalização e unindo para conversar com quem está gerando emprego. O trabalho de vocês é fantástico de conversar primeiro antes de fiscalizar. Isso é maravilhoso para todos”, relatou.

Marcaram presença no encontro os secretários de Desenvolvimento Econômico, Cláudio Viviani e de Governo, Luiz Fernando Gomes Júnior; além do chefe de gabinete, Moisés Batista representando o prefeito Fábio do Pastel. Também estiveram presentes a vice-presidente da ACIASPA/CDL e Delegada Municipal do CRC/RJ, Cláudia Amorim e os diretores das entidades José Lima, Vera Perez, Diana Fraga, Felipe Serpa, Douglas Trindade e Thaianna Mello; a gerente Pessoa Jurídica da Caixa Econômica, Gabriela Silveira e o gerente da Agência Sicoob de São Pedro da Aldeia, Alvimar Gazoni.

Cases de sucesso

Três empreendedores do município em diferentes estágios de seus negócios se apresentaram e contaram um pouco de como começaram, onde estão e os planos para o futuro.

Mariane Alves, do ramo de papelaria, contou como começou sua trajetória emocionante. A empresária começou no ambiente virtual e, recentemente, deu o primeiro passo para estar de forma física com um espaço dentro de uma loja no Centro da cidade. Ela participou de feiras e pôde perceber que o público gosta de tocar e ver os produtos. Ela conta que ter um espaço físico é uma realização.

Vivenciando o luto pelo filho recém-nascido, ela viu no empreendedorismo uma forma de voltar à vida. “Para empreender, a gente precisa ter brilho nos olhos, o empreendedorismo vem muito disso, de buscarmos nossos sonhos. Nunca tinha pensado em abrir um negócio, mas quando perdi meu filho com apenas poucas horas de vida, comecei uma conta em rede social para vender o que sempre me fez brilhar os olhos quando era mais nova: artigos de papelaria. Percebi uma demanda para isso na cidade e como era difícil ter acesso aos lançamentos. Começar essa conta comercial na rede social foi uma forma de lidar com a tristeza e superar o luto, como algo que me trouxesse de volta à vida. Hoje, é meu sonho se tornando realidade, e me vejo nos jovens que vêm à loja tocam encantados nos artigos, assim como eu era. No dia em que meu filho completaria 1 ano de vida, consegui meu primeiro espaço físico em uma loja. Isso é uma realização enorme para mim e a loja é uma homenagem a ele. Esse é só o começo”.

Mais uma mulher de sucesso nos negócios é a Thais Nobre, que possui uma loja, também no Centro da cidade, de lingerie e de artigos sensuais. Empoderada, ela contou como trabalhar a própria autoestima foi importante para alavancar seu negócio. “No início, eu achava que meu corpo não era um corpo para usar esse tipo de lingerie mais elaborada. Só que eu também não queria vender algo que não fosse inclusivo, até porque não combina comigo. Venho de uma experiência em uma empresa de grande porte em Macaé desde muito cedo, e quando me vi de volta à São Pedro da Aldeia com uma filha pequena, estudando uma segunda graduação, precisei fazer alguma coisa. Pensei: Friburgo é perto. Assim, comecei a experimentar as lingeries para ver quais teriam bom caimento nas pessoas com o corpo parecido com o meu e a qualidade do material antes de colocar para a venda. Foi aí que comecei a me ver de lingerie e minha vida se transformou de dentro para fora. Percebi que minha autoestima não era tão boa como eu achava, então foi um processo emocional e de reconhecimento de autoimagem. Hoje, consigo levar isso às minhas clientes o que é incrível”.

O empresário do ramo da educação, Felipe Serpa, falou sobre os desafios de reformular e atualizar uma empresa já consolidada no mercado. “Vendo essas grandes mulheres contando suas histórias não posso deixar de destacar que minha grande inspiração foi minha mãe, sou a segunda geração de uma família que construiu uma empresa de sucesso no município no ramo da educação. Admiro muito a mulher empresária. Tenho sonhos com a educação, escolhi a área por ser uma ferramenta de transformação. Não tinha a intenção de tocar o negócio da família, mas um dos ideais da nossa escola sempre foi inovação, desde o princípio. Minha grande escola foi a experiência dentro da empresa. Tive a grande sorte de entrar em uma empresa já consolidada e madura, mas que tinha questões a serem corrigidas, como gestão de pessoas e foi preciso levar o trabalho com muita coragem para fazer mudanças importantes”, relatou. 

Empreendedores aprovaram a iniciativa

Participaram do encontro empresários do ramo de seguros, contabilidade, produtos naturais, medicina alternativa, portais de negócios, alimentação saudável, academias, produção de brinquedos montessorianos, agências bancárias, redes de supermercados, higienização de móveis, construção, entre outros. Os empreendedores receberam a iniciativa orientadora sobre fiscalização como uma ponte com o governo municipal. 

Especialista em auxiliar adultos a deixarem o sedentarismo com saúde, Paulo César Noronha apontou a importância da conexão entre os empresários e com o poder público. “Já estou com o dia ganho, ter a prefeitura oferecendo a mão, falando abertamente sobre fiscalização e ver exemplos de empreendedorismo é incentivador. Muitas vezes nos sentimos lobos solitários, mas aqui estou em um ambiente com um grupo de pessoas que pensam diferente e que vão fomentar o crescimento e desenvolvimento da nossa cidade”. 

Case de sucesso do Sebrae e mãe da Mariane Alves, que está começando neste caminho, a artesã Mônica Dias trabalha há dois anos com enxovais personalizados de bebê. Ela também é parte da liderança feminina da ACIASPA/CDL, que é um grupo de 150 mulheres que querem fomentar o empreendedorismo e fazem a diferença no município. “No momento, trabalho com atedimento online, mas meu sonho é ter meu espaço físico. Essa iniciativa traz segurança para a gente enquanto pequeno empreendedor que quer crescer porque a gente vê que os órgãos públicos estão tentando nos auxiliar e nos dando suporte. É uma gratidão muito grande ter a presença da ACIASPA, que é uma entidade muito participativa e parceira do empreendedor aldeense. O associativismo também traz muita força”, comentou. 

O empresário no ramo de academias há seis anos na cidade, Paulo Damasceno destacou que o projeto faz com que os empreendedores sintam-se parceiros do município. “Muitas vezes ficamos perdidos e ter um local para saber onde podemos buscar ajuda é maravilhoso. Ver pacientes que antes não conseguiam subir escadas ou se recuperarem de um pós operatório por meio da atividade física não tem preço. A hora de começar é agora”, destacou.

Empresário vindo de São Paulo, Alex Lima trabalha com brinquedos de madeira montessorianos e reforçou o trabalho da Junta Comercial em trazer facilidade e praticidade aos processos. “Sou muito grato pelo atendimento da delegada da Jucerja, Ivonete Santos, aqui presente. Consegui trazer meu negócio para o município em uma única visita à delegacia da Junta Comercial”. 

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