A Praça Agenor Santos, no centro de São Pedro da Aldeia, foi palco do “Dia D de Conscientização das Pessoas com Deficiência” e recebeu mães, voluntários e simpatizantes da luta em prol da causa. Realizado nesta terça-feira (03), o evento voltado para a conscientização foi uma iniciativa do Grupo de Trabalho da Pessoa com Deficiência (GTPCD) e contou com o apoio da Prefeitura da cidade.
O secretário de Governo, Eronildes Bezerra, prestigiou a mobilização e parabenizou a todos os envolvidos. “A gente agrega a deficiência para que se tenha outro olhar, mas eu acho que devemos ver essas pessoas como seres iguais que dependem de situações diferentes. Esse movimento vai trazer um olhar diferenciado. Nosso desejo é que as pessoas saiam daqui sensibilizadas e se sentindo importantes dentro do contexto de tudo que está acontecendo aqui; devemos procurar, cada dia mais, entender o que é empatia”, afirmou.
Promovida em alusão ao Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, celebrado em 03 de dezembro, a iniciativa prestou orientações sociais e de caráter educativo para a população que passou pelo local. Na ocasião, além da exposição de cartazes, os organizadores do evento entregaram panfletos com esclarecimentos acerca dos direitos da pessoa com deficiência, que abordavam questões como, acessibilidade, educação, impostos, previdência, trabalho e transporte.
Uma das organizadoras, a médica e voluntária Ângela Del Rosário comentou a realização. “Nosso objetivo é esclarecer, panfletando para as pessoas deficientes ou não, qual é o grande desafio de ter acesso, transporte e educação, entre outros; esse é um movimento de conscientização. Contamos com a presença da Frente Litorânea e de uma representante do Conselho Estadual. São Pedro da Aldeia necessitava dessa mobilização, porque nós precisamos da criação de um conselho municipal; essa causa é específica e diversificada, não é só criança, só adolescente, só adulto ou idoso”, salientou.
A programação contou, ainda, com uma apresentação da turma 2001, curso normal, do Colégio Estadual Dr. Feliciano Sodré, localizado no Centro. De forma lúdica e educativa, os alunos encenaram situações de preconceito na sociedade, retratando as deficiências auditiva, visual e intelectual, com foco no autismo, buscando conscientizar o público.
“A nossa professora de Educação Inclusiva proporcionou esse momento para estarmos juntos da comunidade de inclusão aldeense e divulgar o nosso engajamento com a iniciativa e o bem-estar de pessoas com deficiência. Digo por mim, e pela minha turma, que é muito importante participarmos desses eventos; a nossa geração é muito militante e quer participar desses movimentos, quer estar junto com todo nosso amor e consideração”, afirmou Luiz Felipe Oliveira, aluno do 2º ano da unidade estadual.
O Grupo de Trabalho da Pessoa com Deficiência é formado por mães, colaboradores, voluntários e simpatizantes. Uma delas é Cristiane Silva, responsável por Ana Júlia, de 2 anos de idade. “Vim aqui representar a minha sobrinha, que tem microcefalia, e todas as mães, para poder passar informações para aquelas que não tem noção do que os filhos têm. Para conscientização da sociedade, tem que acabar com o preconceito; a criança que está ali nos passa alegria. É um prazer muito grande estar com a Ana Júlia, abri mão de tudo para assumi-la”, declarou.