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Plantio de árvore e doação de máscara marcam Dia do Meio Ambiente aldeense

Moradores poderão adquirir mudas gratuitamente no Horto Escola Artesanal

O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado em 5 de junho e, para incentivar o cuidado com a natureza e a educação ambiental em meio à pandemia de coronavírus, a Prefeitura de São Pedro da Aldeia convoca a população a aderir à campanha de plantio de árvores nativas. Entre os dias 5 a 10 de junho, o Horto Escola Artesanal, localizado na Rodovia Amaral Peixoto, km 107, no bairro Balneário das Conchas, vai distribuir mudas de forma gratuita, com limite de duas unidades por pessoa. As 100 primeiras mudas entregues terão ainda um bônus: serão acompanhadas por uma máscara de proteção facial. Clique AQUI e confira o regulamento.

A produção de mudas faz parte das atividades desenvolvidas pelo Horto Escola
Foto: Jefferson Viana

A iniciativa é resultado de uma parceria entre as secretarias de Meio Ambiente, Lagoa e Saneamento e de Agricultura, Trabalho e Pesca. Segundo o secretário de Meio Ambiente, Luciano Pinto, a proposta é motivar os cidadãos a adotarem boas práticas ambientais. “Este ano, devido à pandemia do COVID-19, nós não podemos promover eventos coletivos nas comunidades e escolas como costumávamos fazer. Então, lançamos essa campanha, aliada ao uso da máscara de proteção, para que todo cidadão se sinta motivado a preservar o planeta e a vida humana, diminuindo as possibilidades de propagação do coronavírus e combatendo essa pandemia com pequenas ações que farão a diferença no futuro”, disse.

Foto: Jefferson Viana

Evite o Fim. Preserve o Meio!

O cuidado com o meio ambiente não requer medidas drásticas. No entanto, assim como a contenção da pandemia do COVID-19, a preservação ambiental e a economia dos recursos naturais também dependem da conscientização coletiva e de mudança no comportamento social. Pequenas ações individuais no dia a dia já fazem a diferença, como o descarte correto do lixo e a redução do consumo de água e de energia elétrica, por exemplo.

“Toda ação humana impacta diretamente na qualidade ambiental. Prova disso são os efeitos positivos que o isolamento social e a diminuição das atividades industriais estão produzindo sobre o meio ambiente. O resultado tem sido percebido seja no ar mais puro até na lagoa mais clara e limpa. Isso mostra que precisamos repensar os nossos hábitos e a nossa rotina. Não podemos deixar que essa fase de recuperação seja provisória, essa preocupação precisa ser permanente”, enfatizou o biólogo da Secretaria de Agricultura, Flávio Gomes.

Plantar para preservar

Além de ser uma atividade prazerosa, plantar uma árvore ainda é uma das alternativas mais simples para se reverter os impactos ambientais causados pelo ser humano. Além de cumprir uma função estética, as árvores produzem inúmeros benefícios ecológicos para o ecossistema urbano.

As árvores nativas têm papel essencial para a manutenção da vida no planeta
Foto: Jefferson Viana

Entre os efeitos vantajosos apontados por especialistas estão o papel preponderante das árvores para um maior conforto térmico e absorção da radiação solar, melhoria da qualidade do ar, sombreamento, a influência no ciclo da água e proteção do solo, além dos aspectos psicológicos para a saúde das pessoas, como o aumento da sensação de bem-estar e redução do estresse.

“As árvores melhoram a permeabilidade e as condições do solo, permitindo a entrada de organismos benéficos e criando uma fonte de abrigo e alimento para a fauna. Elas também influenciam no equilíbrio climático, atuando na regularização da temperatura e na umidade relativa do ar”, disse Flávio.

Horto municipal

Com aproximadamente 20 mil metros quadrados de área verde, o Horto Escola Artesanal de São Pedro da Aldeia é o mais importante da região em termos de produção de mudas de Mata Atlântica. Baseada em técnicas de cultivo orgânico, a unidade produz, anualmente, cerca de 30 mil mudas diversas, principalmente árvores frutíferas, exóticas, nativas e até ameaçadas de extinção, como a Grumixama, Guaquica e Araçá. O maior volume de produção é de espécies nativas e com potencial paisagístico, como Aroeira, Pau-Brasil, Sibipiruna, Pau-Ferro, Pata-de-Vaca, Painera, Oiti, Jequitibá e Ipês de modo geral, entre outras.

O sistema de produção de mudas em estufas não utiliza agrotóxicos
Foto: Jefferson Viana

O espaço mantém um projeto permanente de doação de mudas com prioridade para escolas, produtores rurais, instituições sociais, empresas, igrejas e associações de moradores. “Por mês, realizamos em média a distribuição de 3 a 4 mil mudas do nosso estoque, atendendo a necessidades de recomposição paisagística, mas também de recuperação de áreas degradadas e revitalização de espaços públicos”, destacou o secretário de Agricultura, Trabalho e Pesca, Dimas Tadeu.

Foto: Jefferson Viana

Paralelamente, o Horto Escola promove cursos, oficinas e palestras abertas à população, além de visitações guiadas com grupos escolares. As atividades têm como foco a educação em sustentabilidade, reciclagem, reaproveitamento de materiais, implantação de hortas agroecológicas e o resgate das memórias afetivas e das tradições do campo.

Foto: Jefferson Viana

O que plantar?

Para o plantio em pequenos espaços, o secretário de Agricultura, biólogo e técnico agrícola, Dimas Tadeu, recomenda árvores ou plantas arbustivas de menor porte. “Nós temos aqui plantas de pleno sol, meia sombra e plantas que se adaptam a diferentes ambientes. É preciso cuidado com as árvores que têm um sistema radicular muito agressivo porque podem causar problemas futuros se forem plantadas próximo a casas ou calçadas, por exemplo. Indicamos plantas de porte médio e de fácil cultivo, como ipês, palmeiras fênix, dracenas, clúsias, além da ora-pro-nobis, bouganville e murtas que são ideais também para a ornamentação e construção de cercas vivas”, ressaltou.

Foto: Jefferson Viana

Entre as opções frutíferas produzidas pelo Horto estão Noni, Abiu, Jambo e Castanheira. “São árvores recomendadas para se ter em casa até para consumo de seus frutos, que são importantes para a manutenção da saúde”, destacou Dimas. O espaço também produz plantas medicinais de uso consagrado, como hortelã pimenta, capim limão, citronela, guaco e erva cidreira.

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