A Prefeitura de São Pedro da Aldeia, através da Secretaria de Ambiente, Lagoa, Pesca e Saneamento, participou da reunião do subcomitê de bacias da Lagoa de Araruama, onde foi discutida a situação da lagoa. Participaram do encontro representantes das Prefeituras das cidades da Região dos Lagos, Ongs e das concessionárias Prolagos e Águas de Juturnaíba.
Após a apresentação dos investimentos e metas das concessionárias, os participantes assistiram a palestra da bióloga Maria Helena Baetta, que mostrou os estudos que vem sendo realizado sobre a mortandade das sardinhas da espécie savelha e da coloração da água da lagoa.
De acordo com a bióloga, as savelhas encontradas mortas foram analisadas em dias, locais e situações diferentes e o diagnóstico é que as microalgas que se encontram na lagoa, dando a atual coloração marrom, são filtradas pelos animais, que acabam tendo as guelras (aparelho respiratório) entupidas, não conseguindo respirar.
“Não foi encontrado nenhum tipo de toxidade nas savelhas, nem nas algas. Os pedaços dessas microalgas foram encontrados acoplados à guelra, dando a entender que elas morrem por não conseguir respirar”, explicou.
A bióloga disse ainda que a situação atual da lagoa é diferente da ocorrida na grande mortandade de 2009, quando morreram toneladas de peixes de diversas espécies.
“Hoje, há um grande acréscimo dessa microalga, que faz parte da vida da lagoa, mas no momento encontrou condições propícias para se reproduzirem mais rapidamente,” explicou.
A saída apontada por Maria Helena é a dragagem do Canal do Itajuru.
“Se pararmos de alimentar essas microalgas e renovarmos a lagoa, a situação só irá melhorar” explicou.
A secretária de Ambiente de São Pedro da Aldeia, Adriana Saad, acredita que a explicação da bióloga é muito importante.