Com o apoio da Secretaria Adjunta de Cultura de São Pedro da Aldeia, o coletivo das Bordadeiras aldeenses promoveu, durante todo o mês de setembro, oficinas de bordado à mão destinadas a moradores da cidade. Ao todo, 15 mulheres participaram das aulas na Casa da Cultura Gabriel Joaquim dos Santos e receberam certificado. A iniciativa foi executada como contrapartida da Lei Aldir Blanc, que determina que os coletivos e espaços culturais contemplados com a renda emergencial do Governo Federal ofereçam programações gratuitas para a população.
O secretário adjunto de Cultura, Thiago Marques, destacou o empenho da gestão em apoiar os projetos culturais inscritos nos Editais da Lei Aldir Blanc em São Pedro da Aldeia. “Ficamos muito felizes em acompanhar de perto mais um projeto beneficiado pela Lei Aldir Blanc concluído com sucesso. Desde o início da gestão, nossa prioridade tem sido apoiar e dialogar com os nossos agentes culturais. Mais uma vez abrimos as portas da Casa da Cultura para receber o artesanato local, desta vez com as bordadeiras que, além das oficinas, trouxeram também uma belíssima exposição de bordados sobre a Casa da Flor, a convite da Secretaria. Enquanto órgão gestor da Cultura, temos empenhado todos os esforços para viabilizar e divulgar a execução dessas atividades, e também na orientação aos beneficiários para que todos consigam colocar em prática os seus projetos da melhor forma possível e, sobretudo, respeitando as medidas de prevenção à Covid-19 para o caso das programações presenciais”, ressaltou.
De caráter introdutório, as oficinas de bordado mesclaram conteúdos teóricos e práticos, trazendo ensinamentos sobre a origem da arte do bordado, sua importância histórica como atividade cultural e os pontos básicos para a criação de desenhos e padrões em relevo, utilizando apenas linha e agulha sobre tecido. Na aula inaugural, as alunas também foram apresentadas ao livro “Bordado o Sonho, a Flor e a Casa”, lançado este ano pelo coletivo das Bordadeiras e disponível para consulta na Biblioteca Municipal.
Para as atividades práticas em aula e as tarefas de casa, as participantes ganharam um kit composto por cinco linhas, uma tesoura de arremate, duas agulhas, um porta-agulha e uma porção de tecido. Como parte do “kit artesanato”, as alunas também receberam uma toalha de mão e um pano de prato para serem bordados por elas. Ao final, as peças foram apresentadas como trabalho de conclusão.
Moradora há oito anos do bairro Estação, a aposentada Francisca Araújo foi uma das alunas. “Eu me surpreendi com a qualidade do curso. Achei muito interessante por aprendermos também a parte histórica do bordado e conhecermos a sua amplitude de aplicação, desde as peças mais simples até as mais elaboradas. Já na primeira aula nós tivemos contato com os primeiros pontos para que pudéssemos treinar. Foi a primeira vez que participei de aulas de bordado e posso dizer gostei muito da didática e do incentivo da própria Prefeitura em ceder espaço para esse projeto maravilhoso”, disse.
De acordo com Rosângela Guimarães, uma das instrutoras e fundadoras do coletivo das Bordadeiras de São Pedro da Aldeia, as oficinas tiveram como objetivo fomentar o artesanato local e, ao mesmo tempo, abrir a possibilidade de geração de renda para as turmas. “Tivemos alunas que avançaram muito rapidamente, incorporando as técnicas aprendidas ao longo das aulas, com muita criatividade. Com apenas cinco pontinhos básicos, elas conseguiram ganhar autonomia para bordar e com essa nova habilidade também poderão, futuramente, quem sabe, empreender e gerar uma renda”, destacou.
Silvana Gois também participou das aulas e conta que seu desejo é montar um negócio de família. “Tenho muita vontade de trabalhar profissionalmente com o artesanato. Minha mãe é bordadeira e foi por causa do incentivo dela que decidi fazer essa oficina. Meu sonho é montar um ateliê com ela e poder ajudar a minha família. Agora me sinto muito mais preparada”, disse.
Para a dona de casa Gilssara de Azevedo, ter participado da oficina representou uma superação pessoal. “Tenho problema cardíaco, sofri um infarto recentemente e, para mim, estar aqui é uma vitória. Sempre gostei de artesanato, fazia crochê por encomenda, mas tive que parar por causa dos meus problemas de saúde. Hoje, eu também tenho que lidar com depressão e o artesanato para mim é como se fosse a minha terapia, é o que me faz feliz. Meus filhos me incentivaram muito a fazer esse curso e estou maravilhada com tudo o que aprendi e as novas amigas que fiz”, conta.
Para acompanhar todas as divulgações referentes à abertura de inscrições para cursos, oficinas e atividades gratuitas via Lei Aldir Blanc em São Pedro da Aldeia, basta acessar a página oficial da Secretaria Adjunta de Cultura no Facebook.